o que aconteceu no offline
Reunimos 32 pessoas às 9h30 da manhã de um domingo frio e muito chuvoso para tomar café e falar sobre dinheiro.
Se você visse essa foto você imaginaria que essas pessoas passaram as últimas horas falando sobre dinheiro?
Eu paro para analisar e me emociono um pouquinho. Elas não parecem genuinamente felizes?
Tirei esse povo toda da cama no domingo cedinho para virem até a Villa Lavanda, 40 quilômetros de Curitiba. O convite foi genérico: uma roda de conversa sobre dinheiro. Ninguém sabia bem o que aconteceria.
No fim, pela quantidade de pessoas confirmadas, superando as minhas expectativas, ficou muito grande para ser só uma roda de conversa e acabou virando uma oficina.

Pensei no evento com três objetivos:
O primeiro eu dei como concluído já no início do evento. O fato de mais de 30 pessoas terem se reunido para conversar sobre dinheiro em grupo, para mim, já foi um sucesso.
Não estamos acostumados a falar sobre dinheiro: nem em casa, nem em família, nem nos relacionamentos ou em sociedade.
Falar com estranhos sobre dinheiro então? Quase impensável. E foi isso que esse grupo topou fazer.
E se cada um que veio contar para alguém que foi em um evento para falar sobre dinheiro, aos poucos vamos espalhando a palavra de que é um assunto que tem lugar nas conversas.
O segundo objetivo foi mais prático: colocar o grupo para trocar experiências em relação ao dinheiro entre si.
Diferente do objetivo um, mais amplo, eu queria mesmo que as pessoas falassem mas, principalmente, que ouvissem.
Do lado de cá, tenho a oportunidade de ouvir, em detalhes, sobre a vida financeira de muitas pessoas (já foram mais de 85 até aqui).
Tenho uma teoria de que os orçamentos são iguais às digitais: são a identidade de cada um e não tem como encontrar outro igual no mundo.
Queria que quem estivesse ali não só entendesse, como vivesse um pouco disso.
No formulário da inscrição do evento, pedi para que cada um colocasse seu principal desafio em relação ao dinheiro. Como são muito pessoais, indo de situações de endividamento a teses de investimentos e tudo o que existe no meio, não conseguiríamos abordar na prática um a um.
Convidei cada um a pensar no desafio que elencou e procurar nas falas dos outros dicas ou percepções que poderiam ser úteis para pensar em soluções das suas próprias questões. Muitas vezes olhando e ouvindo o outro é que encontramos as nossas respostas. Acho isso lindo.
O último nem tem a ver com dinheiro mas para mim foi um dos mais valiosos: uma pausa das redes, das telas, do on-line.
Poder olhar no olho, falar sem se preocupar em estar no mudo, sem ficar se vendo como um espelho na tela, escutar ao vivo e sem delay.
Falo por mim: minha vida está cada vez mais on-line. Atendo meus clientes on-line, falo com minhas amigas on-line, as pessoas leem os meus textos on-line, tenho aulas on-line, participo de grupos de empreendedores on-line.
Eu particularmente gosto da vida na internet, mas o olho no olho me faz falta. Quis proporcionar isso não só para quem viesse, mas para mim também. Alguns clientes que vieram eu ainda não conhecia pessoalmente. Acredito que existe algo poderoso no abraço.
Talvez venha dai a leveza da foto: a substituição de um tipo de conexão por outra. Pelo menos por uma manhã, pudemos lembrar um pouco que existe muito no off-line.
Para amarrar tudo isso, bolei uma dinâmica de grupos. Uma cliente comentou depois que foi tão legal porque como adultos, não estamos acostumados a brincar e quase pareceu um jogo.
De fato, o objetivo era que fosse leve, mas apesar disso, que todo mundo saísse com algo a mais. Funcionou. Todos me falaram que sairam com uma percepção, um pensamento, uma energia diferente para olhar para o seu dinheiro, mesmo quem já era cliente. Essa é a beleza da troca, de estar em coletivo.
Fiquei me coçando aqui para contar como foi a dinâmica dos grupos, mas a surpresa fez parte. Como pretendo fazer outras edições, não contarei, mas deixarei aqui um convite. Se você tiver interesse em participar do próximo Café & Dinheiro (presencial ou on-line), é só entrar nessa lista para receber um convite futuro. Eu vou amar:
Muito feliz em trazer para cá outro convite: lista de espera para as consultorias individuais. Se você está pensando em colocar a vida financeira em ordem no segundo semestre, é só preencher aqui para começaremos em agosto.
Quero entrar para a lista de espera :)
Com carinho,
Giulia
coisa linda!